Mistérios milenares

Pangeia,Face a face, Semblante, Mistério
Desde tempos remotos o homem em sua trajetória de evolução, sempre busca e desenvolve teses para descobrir suas raízes de origem.
Neste artigo vamos destacar mais uma "suposição" do homem em desvendar mistérios da sua origem.
Há 200 milhões de anos ou 540 milhões (tem discordância do tempo) era Mesozoica, a teoria da deriva continental.
Mapa, Mapa de Pangeia
Pangeia(a palavra origina-se do fato de todos os continentes estarem juntos (pan do grego = todo, inteiro) e exprime a noção de totalidade, universalidade, formando um único bloco de terra (gea) ou Geia, Gaia (mitologia) ou Ge como a Deusa grega que personificava a terra com todos os seus elementos.)
Pangeia se fragmentou, dando origem a dois mega continentes  Esta separação ocorreu lentamente e se desenvolveu deslocando sobre um subsolo oceânico de basalto.Gif do globo terrestre, Gif de Pangeia
A parte correspondente à América do Sul, África, Austrália e Índia, denomina-se Gondwana (região da Índia). O resto do continente, onde estava a América do Norte, 

Animação mostrando separação da Pangeia
Europa, Ásia e o Ártico se denomina Laurásia. A Pangeia era cercada por um único oceano Pantalassa.
Entre a comunidade cientifica foi inicialmente sugerida a hipótese no início do século XX pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, criando uma grande polêmica entre a classe científica da época. Wegener teve como ponto de partida de sua teoria os contornos semelhantes da costa da América com a da África, os quais formariam um encaixe quase perfeito. Entretanto, não foi utilizado este fato na sua fundamentação científica, mas a comparação dos fósseis encontrados nas regiões brasileira e africana. Como estes animais não seriam capazes de atravessar o oceano na época, concluiu-se que eles teriam vivido em mesmos ambientes em tempos remotos.
Esta teoria não foi inicialmente aceita, sendo até ridicularizada pela classe científica. Foi confirmada somente em 1940, após 10 anos da morte de Alfred Wegener.

Pangéia por: Vanderson Matheus Oliveira Silva





Brown & Gibson (1983) sumarizam seis conclusões de Wegener, as quais, segundo eles, não sofreram alterações em suas essências, que são:

1. As rochas continentais são fundamentalmente diferentes, menos densas, mais finas e menos altamente magnetizadas daquelas do fundo do mar. As blocos mais leves dos continentes bóiam em uma camada viscosa do manto.
2. Os continentes estavam unidos em um único supercontinente, o Pangea que, dividiu-se em placa menores que moveram-se, flutuando no manto superior. A quebra do Pangea começou no Mesozóico, mas a América do Norte ainda ficou conectada com a Europa até o Terciário ou ainda até o Quaternário.
3. A quebra do Pangea começou em um vale que gradualmente alargando-se em um oceano. Distribuição dos maiores terremotos e regiões de vulcanismo ativo e elevação de montanhas estão relacionados com os movimentos destas placas da crosta terrestre.
4. Os blocos continentais mantêm ainda seus limites iniciais, exceto, nas regiões de elevação de montanhas, de tal maneira que se fossem unidos haveria similaridades em relação a estratigrafia, fósseis, paleoclimas, etc. Estes padrões são inconsistentes com qualquer explicação que assuma a posição fixa dos continentes e oceanos.
5. Estimativas da velocidade de movimentação de certos continentes é em torno de 0,3 a 36 m/ano e mostra que a Groelândia separou-se da Europa a apenas 50.000 a 100.000 anos atrás.
6. O aquecimento radioativo do manto pode ser a causa primária para a movimentação gradual dos blocos, mas outras forças podem estar envolvidas.
No entanto, a teoria de Wegener ficou no ostracismo quase que por 50 anos. Não foi apenas em função dos geólogos ligados a indústria petrolífera, palentólogos e outros, mas, no que se refere a sua aplicação na biogeografia, as teorias do “Centro de Origem”, “Dispersão”, “Pontes Continentais”, estavam em alta. De acordo com Gibbrian (1986) apud Espinosa & Llorente (1993) encontrou somente uma explicação pela rejeição da Teoria de Wegener na época e de sua aceitação no presente, que era: os interlocutores eram outros, isto é, para aceitá-la era necessária uma mudança radical do pensamento geológico da época.

Algumas evidências da Deriva Continental


1- Cristas Mesoceânicas ou Dorsais oceânicas.
2- Paleomagnetismo, com orientação para os pólos e paralelas nos dois lados das dorsais.
3- Falha de San Andrews na Califórnia.
4- Rift Valley na Costa Leste Africana
5- Mesosaurus no América do Sul e África
6- Floras de Glossopteris (América do Sul, África, Índia, Austrália, Antártida).
7- Flora Conífera (climas tropicais) Leste da América do Norte e Oeste da Europa.
8- Floras de Archaeopteris (Rússia, Irlanda, Canadá e Estados Unidos).

Teorias como esta deixam o homem bem mais próximo ou supostamente próximo da sua cobiça em saber de onde veio e para onde há de ir.
Esperança em um dia conhecer a sua real origem.

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