Mistérios da terra, Beríngia a ponte da morte

Mamute na Beríngia russa.

Os antropólogos dizem que os ancestrais dos nativos americanos começaram a fazer o seu caminho da Sibéria para as Américas há 25.000 anos através de uma ponte de terra que havia na região e atravessava o Mar de Bering -, mas existem lacunas nessa história: Por que esses migrantes não deixaram para trás qualquer vestígio arqueológico até 10 mil anos mais tarde?

Para solucionar esta lacuna cientistas estão investigando sobre a ponte de terra conhecida por Beríngia, que se localizava no atual estreito de Bering. Esta ponte pode ter sido um dia moradia dos primeiros americanos.

Isolados quando esta ponte desapareceu, desapareceram com ela as evidências da cultura Beringian.

A chamada “Paralisação Beringian” e Disseminação de Fundadores americanos nativos levanta a hipótese proposta pela primeira vez por geneticistas da América Latina em 1997, como uma forma de explicar a evidência genética, que indica que os nativos americanos começaram divergindo de siberianos há 25.000 anos. Por outro lado, a evidência arqueológica para os primeiros americanos remonta apenas 15 mil anos, até o fim da idade do gelo conhecido como o Último Máximo Glacial.

Pesquisadores relatam três novas pistas que apontam para as evidências do mundo perdido da Beríngia.

 Insetos fossilizados, plantas e pólen extraídos do Mar de Bering e mostram que o centro de Beríngia foi uma vez coberto por arbustos tundra. Isso teria feito dela uma das poucas regiões do Ártico, onde a madeira estava disponível para o combustível, diz artigo da revista Science desta semana.

Milhares de migrantes da Sibéria pode ter encontrado refúgio no centro de Beríngia até que o clima aqueceu o suficiente para geleiras a diminuir, impedindo-os que continuassem seu movimento para as Américas, dizem os pesquisadores. "Este trabalho preenche um elo perdido 10.000 anos na história do povoamento do Novo Mundo"